sexta-feira, 9 de abril de 2010

INFINITO LIMITADO



Eternizei o tempo
Atravesei o espaço
Deslizei no ocaso

No infinito desdobro fronteiras
que destroem o mito
e retornam as memórias
que desfazem barreiras

Não há finais
só recomeços
nem barreiras
ou fronteiras
no espaço que o tempo
eterniza

4 comentários:

Laços e Rendas de Nós disse...

Dedo na Frida

Gostei. Bastante!

dedonafrida disse...

Acácia Rubra,

Seja bem vinda e obrigado pela visita. É um estímulo receber este retorno. Muito obrigado!

tulipa disse...

Olá Dedo na Frida

Não há finais
só recomeços
nem barreiras
ou fronteiras
no espaço que o tempo
eterniza

Coidado contigo, está a fica poeta assim como alguem que conheceu.

Beijo

dedonafrida disse...

Querida Tulipa,
Mais uma vez a tua presença num gesto amigo que me apraz agradecer.
Apenas uma ressalva; os escritos de minha autoria aqui postados e que apenas agora tornei públicos, foram na sua maioria escritos há já alguns anos. É para mim, escrever, desenhar, pintar ou de algum modo criar, um acto egoístico de auto recreação que ao longo da vida tem tido as suas fases e seus hiatos. Muitos escritos e desenhos, ofertei em tempos àqueles a quem os apresentei e mostraram sensibilidade ao apreciá-los. Assim perdi na minha ingenuidade grande parte de originais que agora graças à tecnologia de comunicação de que dispomos poderiam estar ao alcance de mais pessoas. Mas não lamento. Tudo vale a pena quando é feito com espontâneadade e convicção. Para ti, em primeira mão o meu primeiro "poema" redigido em 1959:

Parti uma jarra
de grande estimação
quis colá-la com farinha
mas não teve solução.

Tinha 8/9 anos quando parti uma pequena jarra de valor estimativo, da minha madrinha. Tentei realmente colá-la sem resultado. Para captar as boas graças da minha madrinha e obter o seu perdão, (o que consegui) dediquei-lhe este verso espontâneo.

Beijos